A chuva deserta as ruas.
Através do vidro embaçado
tudo é só impressão.
os faróis vermelhos
passam em fosforescentes riscos rubros:
cortes precisos sangrando a pele negra da noite.
Girando em fila um balé de guarda-chuvas,
guarda-chuvas que não foram feitos p’ra chuva guardar,
guarda-chuvas que foram feitos p’ra da chuva esquecer.
A luz do poste numa poça d’água
é um simulacro amarelo de alguma lua triste
pela sua artificialidade sem crateras.
tudo é só impressão.
os faróis vermelhos
passam em fosforescentes riscos rubros:
cortes precisos sangrando a pele negra da noite.
Girando em fila um balé de guarda-chuvas,
guarda-chuvas que não foram feitos p’ra chuva guardar,
guarda-chuvas que foram feitos p’ra da chuva esquecer.
A luz do poste numa poça d’água
é um simulacro amarelo de alguma lua triste
pela sua artificialidade sem crateras.
Abro bem os braços esperando raios fulminantes,
mas os raios não vem...
mas os raios não vem...
Aguardo um clarão repentino,
o estrondo sonoplástico de chapa metálica.
Mas só tenho o barulho da chuva,
em sua eterna e apolínea obra
de arrumar o caos do silêncio escuro.
o estrondo sonoplástico de chapa metálica.
Mas só tenho o barulho da chuva,
em sua eterna e apolínea obra
de arrumar o caos do silêncio escuro.
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