I
Na janela da nova casa
só um fragmento de rua:
sob as árvores de agosto
dois homens consertando um carro
os ônibus que param no sinal e logo seguem.
Dói-me no corpo a impossibilidade
do rosto de cada menina que caminha
me entristece um pouco estar aqui dentro
vivendo a impossibilidade de ser
todos os instantes daquela rua.
II
Caixas de livros pelo chão e
a volta
o quarto ainda vazio de móveis.
Antes morava num sobrado
mas agora penso que talvez
minha melancolia se aguce
minha poesia rareie:
é que as melancolias de apartamento
são de um corpo bem mais sólido e extenso.
Na janela da nova casa
só um fragmento de rua:
sob as árvores de agosto
dois homens consertando um carro
os ônibus que param no sinal e logo seguem.
Dói-me no corpo a impossibilidade
do rosto de cada menina que caminha
me entristece um pouco estar aqui dentro
vivendo a impossibilidade de ser
todos os instantes daquela rua.
II
Caixas de livros pelo chão e
a volta
o quarto ainda vazio de móveis.
Antes morava num sobrado
mas agora penso que talvez
minha melancolia se aguce
minha poesia rareie:
é que as melancolias de apartamento
são de um corpo bem mais sólido e extenso.
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