Nas costas nuas de uma mulher
-que saía de um bar na Sete de Setembro-
na cor
na textura da sua pele (que eu
supunha pelo olho tátil)
eu vi a tatuagem que evoluía pela
linha da sua coluna
desde o cóccix até a nuca e
lacrimejei dali até a Rio Branco.
O estar no mundo daquela mulher
me doía agudamente
aquele bar (com um mosaico representando a Lapa)
as ruas sufocadas do Centro
me rasgavam de lado a lado na
certeza de que
- de tudo isso –
só restou pra mim
o silêncio na beleza do cinema.
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