Numa manhã de chuva me apaixonei
profundamente por uma personagem em
um filme do Gus Van Sant.
Mas minha mulher chegou e gritou comigo por
não ter pagado as contas e eu
saí para quitar o que podia.
A chuva na rua era triste do jeito que
eu gostava e me perguntava
como uma poeta (capaz de se apaixonar
lindamente por um personagem de cinema)
se tornou esse medíocre covarde cujo
pensamento sobre as compras do
mês andam carcomendo
vorazmente
a alegria da poesia.
Um comentário:
"...Se teu amor te pesa mais que o mundo que carregas: degela-o e deixa-o beber os deltas."
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