Na pracinha de Saquarema à noite
se avistavam estrelas falsas:
eram as luzes frias das bóias perdidas
no meio da inexistência.
Na pracinha de Saquarema
entre barraquinhas de pipoca e cachorro-quente
eu desejei todas as meninas.
Mas só as tive salgadas
cheirando a mesma maresia que carcomia os barcos
e que carcomia as pilastras onde os casais
quase fodiam dentro da brisa gelada do beira-mar.
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