enquanto você dorme
eu tento decifrar em
teu rosto a simetria
esfíngica de todas as
mulheres que dormem
mas
logo a primeira luz se
esgueira
escorrendo lentamente
pelas cortinas e a
claridade silenciosa afugenta
da tua bunda perfeita
os restos da noite morrente
já pela manhã
cansados e ainda meio bêbados
enquanto tu põe tuas
calcinhas pra lavar (meu
olho em sintonia fina nas
matizes do teu corpo)
tu me fala do
teu ex-namorado francês das
árvores da Champs-Élysées
da
beleza das flautistas parisienses
e coloca no copo de leite que
me serve duas colheres de
açúcar e uma outra de
je t'aime mon amour
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