o coração na boca as
mãos sujas de grafite
percorri a agenda telefônica
precisava desabafar precisava
de alguma voz amiga
mas hoje ninguém atendeu
com um gosto de cabelo
acidulando na língua corri
desatinado até a cozinha e
peguei a maior faca que
encontrei: levei pro quarto
tranquei a porta e
enquanto tocava o belchior
silenciosamente
comecei a esquartejar solidões
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