sob a luz indecisa as
musas da calçada a pele
gordurosa de óleo bifásico
as musas nuas atrás das
grades sob luzes sanguíneas
que escorrem pelos guetos
cheirosos de vômito e urina
as musas tristes e lascivas os
peitos suados sobre as mesas
manchadas as vaginas cobertas
de pelos ralos e penumbra
casarões velhos lingerie e tatuagem:
cada lata de cerveja apaga uma
luz convulsiva que morre nas
poças agourentas do meio-fio
na imersão dos sentidos desregrados
as musas pitonisas me fazem a
suprema revelação: na noite viva da
vila mimosa tudo é dedicado ao sagrado
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