"Como se tudo que eu possuísse tivesse me deixado, e como se nada pudesse ser o bastante caso retornasse..." (Kafka)
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Trenodia para um Velho Pirata
Queria o poema que abarcasse
- cheio de beleza -
essa súbita melancolia mais forte.
Queria o poema que abrigasse o
cerne dessa noite fria onde tudo se
contorce dentro de uma fogueira indizível.
Queria o poema que reafirmasse que
no poema tudo é ausência
que me perdi das minhas paixões
que anseio novamente navegar.
Queria o poema que dissesse sem desvãos
- mais do qualquer outro já disse -
sobre o farol aceso desses dias mortos:
-Mares noturnos!
Amores de cais!
Eis aqui de volta teu marinheiro-poeta
este trapo!
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2 comentários:
Bela e rica poesia. Sinto vontade de ler e reler várias vezes.
Belamente... Náufrago.
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