A Canção da Criação
Os terraços ensolarados agora me lembram de sexo e Verão.
Aquele nosso amor de rede e terraço que nem ligava p’ras janelas vizinhas,
que nem se importava p’ro galo que despertava Arraial do Cabo.
Aquele nosso amor que ia, ainda não satisfeito,
varar o dia que já sangrava vermelho a pele escura da noite,
e que só cessava quando o sol azul do carnaval não deixava saber
o que era céu ou o que era mar ao longo da Praia dos Anjos.
O Mantra da Preservação
Mas agora sim, são possíveis dias felizes novamente!
Felizes diferentes porque simples.
Felizes porque dias dentro dos seus dias.
Voltei p’ra casa varando a noite que passa inexistente de você.
Eu retorno calado porque eu mesmo inexistente de você.
Tudo vira saudade já depois de cinco minutos da despedida.
Quantos relentos conheci até achar a chave dos portões da sua vida,
quantas vezes o último cavaleiro triste na cidade sem luzes...
eu que ia cavalgando na impossibilidade do seu esquecimento,
abraçando versos na flor e na dor de qualquer coisa,
me fiz criança indefesa sendo levada pelas mãos da saudade,
sendo guiado através dos jardins esvaziados dos meses que não te souberam.
Andando torto e embriagado de vazio,
porque até no vazio que eu bebia,
encontrava o gosto alcoólico do seu perfume.
A Dança da Destruição
O seu rosto sempre me foi tão difícil,
que me permiti ser preenchido de emoção,
quando ontem,
no limbo escuro dos olhos fechados,
ele me veio tão claro e preciso.
Foi uma epifania tão palpável,
que desfeita das brumas do não-apreender,
a sua face soou como um augúrio de que dessa vez tudo andará reto.
Eu soprei o seu perfume entre as palmas das mãos,
e trouxe comigo os seu cheiro tentando escorrer entre os dedos,
fugindo pelos pêlos do meu braço,
exalando no peito da minha camisa,
com ele trouxe você em mim,
p’ra perfumar o meu quarto com a sua presença arredia.
Os terraços ensolarados agora me lembram de sexo e Verão.
Aquele nosso amor de rede e terraço que nem ligava p’ras janelas vizinhas,
que nem se importava p’ro galo que despertava Arraial do Cabo.
Aquele nosso amor que ia, ainda não satisfeito,
varar o dia que já sangrava vermelho a pele escura da noite,
e que só cessava quando o sol azul do carnaval não deixava saber
o que era céu ou o que era mar ao longo da Praia dos Anjos.
O Mantra da Preservação
Mas agora sim, são possíveis dias felizes novamente!
Felizes diferentes porque simples.
Felizes porque dias dentro dos seus dias.
Voltei p’ra casa varando a noite que passa inexistente de você.
Eu retorno calado porque eu mesmo inexistente de você.
Tudo vira saudade já depois de cinco minutos da despedida.
Quantos relentos conheci até achar a chave dos portões da sua vida,
quantas vezes o último cavaleiro triste na cidade sem luzes...
eu que ia cavalgando na impossibilidade do seu esquecimento,
abraçando versos na flor e na dor de qualquer coisa,
me fiz criança indefesa sendo levada pelas mãos da saudade,
sendo guiado através dos jardins esvaziados dos meses que não te souberam.
Andando torto e embriagado de vazio,
porque até no vazio que eu bebia,
encontrava o gosto alcoólico do seu perfume.
A Dança da Destruição
O seu rosto sempre me foi tão difícil,
que me permiti ser preenchido de emoção,
quando ontem,
no limbo escuro dos olhos fechados,
ele me veio tão claro e preciso.
Foi uma epifania tão palpável,
que desfeita das brumas do não-apreender,
a sua face soou como um augúrio de que dessa vez tudo andará reto.
Eu soprei o seu perfume entre as palmas das mãos,
e trouxe comigo os seu cheiro tentando escorrer entre os dedos,
fugindo pelos pêlos do meu braço,
exalando no peito da minha camisa,
com ele trouxe você em mim,
p’ra perfumar o meu quarto com a sua presença arredia.
Um comentário:
Cara esses teus poemas me fizeram imaginar a cena, acho que isso é consistência poética. Lindo e abissal essa estranha sensação. abs! Valeu.
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