domingo, 31 de julho de 2011

Teresópolis


Para F.M.

De manhã
diante da janela
escuto a solidão da árvores.
O canto da cigarra o assobiar dos
passarinhos me enchem de agonia
enquanto suponho que lá longe
bem longe
a cidade que estremece em
barulhos de motor e gritos
toca a única sinfonia que me acalma.

Sou um espécime (sub)urbano
e minha indiferença nesse jardim é
porque vejo menos o amor nestas orquídeas
- que você me mostra emocionada –
do que na fumaça de óleo diesel dos carros.

E eu sei
meu amor
que é aqui neste paraíso onde mora a sua alma
mas é na vertigem das ruas engarrafadas
que meu espírito busca o seu nome.

Um comentário:

Dom Quixote disse...

mas a carne busca outros sabores...