segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Trenodia para um Velho Pirata


Queria o poema que abarcasse
- cheio de beleza -
essa súbita melancolia mais forte.
Queria o poema que abrigasse o
cerne dessa noite fria onde tudo se
contorce dentro de uma fogueira indizível.
Queria o poema que reafirmasse que
no poema tudo é ausência
que me perdi das minhas paixões
que anseio novamente navegar.
Queria o poema que dissesse sem desvãos
- mais do qualquer outro já disse -
sobre o farol aceso desses dias mortos:
-Mares noturnos!
Amores de cais!
Eis aqui de volta teu marinheiro-poeta
este trapo!

2 comentários:

Paulinha disse...

Bela e rica poesia. Sinto vontade de ler e reler várias vezes.

Graça Carpes disse...

Belamente... Náufrago.