I
as
cinco da manhã
a mariposa do tamanho de um morcego
que adentrou o meu quarto
bateu as asas ensandecida
não me deixando mais dormir
mas a gota d’água foi que ela
teve a insolência
de me perguntar no maior alvoroço:
-luis
por que tanta amargura
se ‘inda és tão moço?
II
um barulhão no meu telhado
fui ver
era um anjo de asas feridas
me sussurando em dissabor:
- ei luis
agora somos dois os caídos de amor!
"Como se tudo que eu possuísse tivesse me deixado, e como se nada pudesse ser o bastante caso retornasse..." (Kafka)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Bílis Negra

A chuva repentina sempre traz vicissitudes.
Quando o vento rodopia as folhas mortas
no seu balé louco e triste,
alguma coisa em mim também faz ciranda inquieta e silenciosa.
Meu caminhar pelas ruas é célere e invisível,
como se eu fosse um Hermes, um andarilho do vento.
Eu amo essas chuvas como se eu fosse o próprio deus da chuva,
e trago em mim tanto Outono,
que já não sei mais brotar flores e nem dar frutos...
Eu te carrego inteira aqui dentro,
muito mais inteira e completa que minha própria vida,
nessas simples e únicas horas de melancolia,
que no saldo final,
tem muito mais peso que dias e dias de alegria...
Quando o vento rodopia as folhas mortas
no seu balé louco e triste,
alguma coisa em mim também faz ciranda inquieta e silenciosa.
Meu caminhar pelas ruas é célere e invisível,
como se eu fosse um Hermes, um andarilho do vento.
Eu amo essas chuvas como se eu fosse o próprio deus da chuva,
e trago em mim tanto Outono,
que já não sei mais brotar flores e nem dar frutos...
Eu te carrego inteira aqui dentro,
muito mais inteira e completa que minha própria vida,
nessas simples e únicas horas de melancolia,
que no saldo final,
tem muito mais peso que dias e dias de alegria...
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