quarta-feira, 23 de setembro de 2009

I

as
cinco da manhã
a mariposa do tamanho de um morcego
que adentrou o meu quarto
bateu as asas ensandecida
não me deixando mais dormir

mas a gota d’água foi que ela
teve a insolência
de me perguntar no maior alvoroço:

-luis
por que tanta amargura
se ‘inda és tão moço?


II

um barulhão no meu telhado
fui ver
era um anjo de asas feridas
me sussurando em dissabor:

- ei luis
agora somos dois os caídos de amor!

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