quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sublime de Minas Gerais


Se há paz nesse mundo
distante de tudo
ela poderia estar aqui nesta casa.
Olho a minha volta e tanto verde me
faz imaginar que em cada folha de mato
em cada árvore e inseto microscópico por
estas paragens infinitas
repousa a mesma vida que está em bilhões de homens.
Uma infinitude de seres nascendo e morrendo
se autodevorando e se autoregurgitando a
cada átimo de segundo.
A vida não é rara como dizem:
a vida é tanta coisa no mundo inteiro
que talvez ela não seja nem mesmo uma ilusão.

E eu aqui poeta
tão transbordado dessa vida nessas
estradas mineiras
só sei sentir solidão.
Embriagado de tanta vida que
vejo e me invade
não sei porque não é a alegria que existe:
diante desse algo maior que qualquer coisa e
que insoluvelmente nos escapa
tudo é um mistério que quer me abismar.

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