terça-feira, 13 de novembro de 2012

Silvia


teus lábios: almofadas
no escuro
tua carne como
um farol aceso na
noite da minha pele
guiando meus náufragos
e procurando destroços
de embarcações ancestrais
nos meus braços rabiscados

mas é em teu rosto
cuja cor nos olhos
já são um
enigma completo
é em teu rosto onde
a cabeleira vermelha
derrama chamas sobre
a testa  glacial

é o teu rosto ruiva:
um sopro um mistério
e um déja vu