quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desencanto


Todo dia pela manhã a mesma
cara no espelho que a sonolência
nem me deixar ver.
Todo dia à noite o mesmo filme que
o cansaço só me permite ver os
primeiros vinte minutos.
No intervalo disso se tem
o mesmo trabalho:
um expediente inteiro de tédio.

Todo dia essa atrocidade
inabalável do cotidiano.

No ônibus pela manhã
Bukowski me diz que a vida é
uma merda portanto
aceite essa bosta:
caia nas orgias e se embebede
até morrer.
Mas a noite na cama
Schopenhauer também me
diz que a vida é uma merda
porém devemos nos elevar:
sejamos um santo ou Buda.

Sinceramente não sei o que fazer...

Pelo menos eu concordo com
os dois no fato de que a
vida é realmente uma merda.

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