quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Faster Pussycat! Kill! Kill!


Vez por outra
(contra todas as possibilidades)
nesse Rio de Janeiro tão grande
dentro de seu minúsculo tamanho
a gente se esbarra.

Penso que se a vida é aleatoriedade
se a vida é um jogo de cartas
ele anda viciado nela.

Acho que poderia ir visitar o Tibete
que ela estaria lá
com seus vestidos cuidadosamente comprados
para ressaltarem seus peitinhos terrivelmente redondos
seu quadril de mortal amplidão.
Ela estaria lá
com aquele seu sorriso infantil e criminoso
fazendo os monges todos voltarem as
costas para Buda.

E eu viajaria de volta com a febre de sempre...

Mas um dia desses
- assim como quem não quer nada –
eu vou matá-la.
Num dia bonito de sol
vagarosamente e calado
prazerosamente
eu vou matá-la.
Porque esse mundo ma chérie
já começa a ficar pequeno demais para nós dois.