segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Asas de Colibri


Hoje eu acordei cismado em querer ganhar asas!
Queria as imponentes asas do cisne,
as praianas asas da gaivota,
não! não!,
eu queria mesmo eram as pequeninas e céleres asas
de um colibri!
Asas negras e emplumadas pelas duras penas do amor!
Hoje tantas coisas,
pequenas coisas,
quiseram a todo custo me fazer chorar.
Minhas lágrimas estavam agitadas,
doidas para escapar e ganhar o mundo
por entre as grades onde encerro os sentimentos
(bem escondidos p’ra ninguém perceber...).
Só consigo enxergar tudo seu através de uma lente de encantamento:
a proximidade da sua casa me faz ver além da pobreza do seu bairro,
um lindo e tranqüilo jardim,
que o é, só porque eu sei que você está ali em algum lugar.
Hoje eu queria porque queria essas asas!
Queria voar por aí te procurando e procurando a mim mesmo...
E queria mais que tudo deixar o seu dia mais triste,
ao fazer você encontrar sob sua janela,
o cadaverzinho de um lindo colibri negro,
emplumado por tudo aquilo que tem penado...
E você penalizada nunca saberá porque ele morreu,
nunca na vida saberá que ele suicidou-se ao beijar,
sem você perceber,
esse suave veneno que escorre na lasciva flor da sua pele...

Um comentário:

Mariana Tiné disse...

Querido!!!
Saudades sempre de conversar com vc, mas acho q mato um pouco desse sentimento lendo seu lindo blog!!!

Beijocass