segunda-feira, 11 de junho de 2012

Manhã de Maio



Hoje o domingo sopra sua cor de
um azul impossível entre
as frestas da janela empoeirada e
o cheiro do café de meu pai se
esgueira sorrateiro pelo quarto calado.
O sol esbarra nos livros derrubados e
afora isso
tudo ainda dorme porque é
no sono que as coisas se
sabem sem dor.

Ah domingo me deixa quietinho!
Não me venha ferir de tua beleza
não venha prometer qualquer descanso:
acordar ainda é muito triste
viver ainda é cedo demais.

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